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Porque não disseram isto antes

Olá

Você já precisou analisar certificados de calibração e ficou assustado (a) por não saber quais informações à serem consideradas para determinar se o instrumento está adequado ao uso desejado?

Perdeu tempo contatando com o laboratório de calibração para obter ajuda nesta análise e mesmo assim ficou com dúvidas?

Saiba que muitos profissionais passaram por isto e outros ainda tem este problema, mas o pior não é isto, pois grande parte destes profissionais pagam um alto valor por uma calibração e após não consideram uma boa parte das informações por na verdade não saberem o que fazer com os resultados que recebeu.

Eu sou Mauro Duarte e tenho 25 anos de experiência em Metrologia e Qualidade e irei neste artigo lhe fornecer 7 passos fundamentais para que você melhore a sua performance nesta atividade ou possa orientar melhor a sua equipe.

É fato que existem muitos tipos de instrumentos e normas de calibração e consequente temos certificados com siglas e conceitos específicos que complicam ainda mais a situação.

Então, o primeiro passo é o seguinte:

1 – Realize um Mapeamento do Cenário:

Identifique quais os tipos de instrumentos que você possui e monte a sua “Cola”… Consiste em você criar uma pasta física ou virtual, contendo um exemplo de cada certificado que você possui na sua empresa.

2 – Aplicação:

Descubra quais as aplicações que este instrumento possui na sua empresa e qual a forma que ele é utilizado. É triste dizer isto mas muitas vezes você irá se depara com uma situação adversa na qual você irá descobrir que a capacidade ou resolução do instrumento não irão atende adequadamente a necessidade do seu processo devido ao fato de ter sido comprado no passado de forma equivocada.

3 – Tolerâncias:

Você irá saber quais as tolerâncias “mais apertadas” das peças ou processos que o instrumento controla e neste momento não esqueça a regra dos 10 do MSA para garantir novamente se está utilizando o instrumento certo.

4 – Normas e Publicações:

Estude a norma de Calibração e publicações do INMETRO referente ao instrumento em questão para saber mais sobre o instrumento e se preparar para calibrar internamente ou para qualificar o laboratório que irá calibrar externamente. Na grande maioria dos casos fica mais viável terceirizar a calibração.

5 – Escolha dos Laboratórios:

No site do INMETRO você irá encontra quais os laboratórios credenciados para executar a calibração e ao optar por um destes laboratórios você irá usufruir de um laboratório que executa calibrações de forma normalizada na qual a sua calibração e emissão do certificado já foram auditadas por um especialista. Caso você utilize um laboratório apenas rastreado é fundamental que você mesmo o avalie, conforme a norma ISO 17025.

6 – Definição dos Critérios de Aceitação:

Nesta etapa você irá ter que escolher a equação que melhor lhe atende e isto iremos tratar em um artigo específico em breve, mas quero já te informar que esta regra de decisão pode ser simples, porém não muito confiável ou um pouco mais complexa, porém muito mais valiosa para o seu controle da qualidade efetivo. Afinal tudo isto não é apenas para agradar o auditor e ter um certificado de reconhecimento na parede.

Vamos pegar um exemplo genérico de um Micrômetro que mede comprimentos:

Você pode apenas considerar o erro e a incerteza na calibração que constam no certificado e ter uma avaliação simplificada, negligenciando o paralelismo e a planeza das faces que você pagou para o laboratório verificar, mas desta forma estará fazendo uma avaliação superficial e que pode lhe trazer problemas ali na frente de incompatibilidade de resultados com o seu cliente.

6 – Automatize a Avaliação:

Nesta etapa você pode criar uma boa planilha eletrônica que padronize e agilize a sua análise, mas não esqueça de validar os cálculos e os proteger com senha.

7 – Domine todas as Etapas:

Talvez nunca tenham te dito antes mas se você deseja ter sucesso na área de Metrologia e qualidade você irá precisar conhecer o que esta fazendo e não simplesmente avaliar o certificado como sempre foi feito e “no piloto automático”. No batizado do meu filho o padre falou algo aos padrinhos que eu guardei para sempre… Disse o seguinte: Se não é para participar e fazer a sua função bem feita é melhor nem se apresentar!!!

Em Metrologia é também assim, pois é preciso entender, fazer, questionar e decidir corretamente se o instrumento está ou não apto ao uso pretendido.

Então, espero que tenha gostado deste artigo e te convido para nos acompanhar, pois muitos dos temas aqui abordados serão mais aprofundados em outros artigos e lives.

Forte Abraço

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Irei abordar neste artigo o tema Avaliação dos Certificados/relatórios de Calibração, Análises e Ensaios.

A ISO 17025 relata claramente o que deve constar nestes documentos e é a norma adotada pelo INMETRO para auditar laboratórios prestadores de serviços.

Você  realiza calibrações, análises ou ensaios internamente?

Então, você precisa dominar a ISO 17025 para estruturar adequadamente esta atividade no seu laboratório.

Terceiriza a calibração?

Caso você utilize serviços externos sugiro que contrate um laboratório acreditado pelo INMETRO, pois a probabilidade de teres problemas com as informações que constam no certificado são mínimas, mas claro, podem ocorrer falhas e por este motivo é sempre bom você ficar atento e revisar ao receber os certificados/relatórios.

O problema de utilizar laboratórios somente rastreados ao INMETRO é que nenhum organismo reconhecido avaliou a competência deste provedor para emitir tais documentos, gerando sérios problemas quanto a falta de dados importantes ou a inconsistência de informações, principalmente no que se refere a incerteza de medição.

O conteúdo do certificado estar normalizado é de extrema importância, mas como você irá avaliar estes certificados?

Qual será o seu critério de aceitação?

O primeiro passo é identificar os intervalos de tolerância do processo, é neste ponto que muitas vezes o metrologista ao ver as características do instrumento vê que herdou um problema, devido a “alguém” por “algum” motivo ter comprado errado o instrumento, pois suas características de resolução e/ou capacidade não condizem com os limites de processo.

As tolerâncias em boa parte dos casos, estão bem claras em desenhos e instruções de trabalho, mas muitas vezes estão apenas na cabeça de quem domina o processo, nestas situações é necessário ser um detetive ou arqueólogo, sendo que este problema é muito comum em processos de iniciais de controle e gestão metrológica.

Tendo os intervalos de tolerância e o certificado de calibração, é necessário extrair as informações do certificado para atestar que o instrumento está ou não adequado ao uso pretendido.

A grande maioria das empresas usa a seguinte equação/critério:

Emáx + IM  ≤  IT/3

Nesta equação acima são considerados apenas o erro e a incerteza na calibração do instrumento, comparando-se após com o IT do processo dividido por um fator de segurança que normalmente é adotado como 3.

Sabemos que existem outras variáveis que impactam na qualidade da calibração, análise ou ensaio, tais como a resolução, erro de forma, excentricidade, linearidade, robustez, repetibilidade, reprodutibilidade, variações térmicas, entre muitas outras coisas.

Enfim, são tantas fontes de incerteza que precisariam ser consideradas, que a maior parte dos metrologistas preferem ou precisam simplificar.

Com o advento da indústria 4.0 e a maior disponibilidade de softwares e sistemas de controle, tenho esperança que este panorama mude, pois será mais fácil de calcular as incertezas e variações em tempo real, fazendo com que a incerteza expandida seja possível de ser considerada.

Um desejo meu seria que as empresas adotassem a ISO 14253 e descontassem as incertezas das tolerâncias de processos, minimizando drasticamente os índices de perdas e retrabalhos, bem como as disputas entre as partes, quanto a conformidade ou a não conformidade das peças.

ISO 14253 – Parte 1

Segundo os dados do European Parliament Service a Indústria 4.0 irá influenciar consideravelmente a economia mundial, com potencial de gerar ganhos de eficiência de produção entre 6 e 8%.

Outro problema, é que boa parte dos metrologistas extraem da tabela de resultados o maior erro e a maior incerteza e isto é completamente equivocado, pois deve-se considerar no calculo a maior soma de erro e incerteza (em linha).

Vide exemplo:

Na tabela acima o correto é considerar:

Emáx = 0,6mm

IM = 0,2mm

Nos nossos treinamentos percebo que muitos metrologistas consideram de forma equivocada o maior erro e a maior incerteza independente do ponto (Emáx = 0,6mm e IM = 0,5mm), gerando avaliações incorretas e inconsistentes.

A minha dica final é que você e a sua equipe revisem se os conteúdos dos certificados e relatórios estão conforme a ISO 17025 e que sejam utilizados critérios de aceitação coerentes e que considerem a criticidade do processo.

Você pode deixar aqui os seus comentários e sugestões sobre este tema.

Forte abraço!

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